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terça-feira, 12 de março de 2013

Uma reflexão sobre nossas afeições - Parte 1

Como um Povo Santo, chamados e santificados em Cristo Jesus, como parte deste Corpo mundial de congregações, assembléias e sociedades que forma a Igreja e Reino de Cristo, a Igreja Puritana Reformada, na união de seus membros, tem profundas afeições pela Verdade. E aqui a palavra "Verdade" foi colocada de modo a representdar a forma mais absoluta de seu significado - aquela que relaciona-se com o Ser de Deus, com a Natureza do Altíssimo, que se faz conhecido a nós pela Escritura, na forma do Evangelho, em Cristo Jesus


Estas afeições somam-se ao conhecimento da Verdade e ao desejo de vivê-la. Isto nos faz unirmo-nos como um Corpo Visível, congregações, uma aliança e comunhão de Igrejas- como Cristãos unidos, congregações unidas em um coração e mente –. manifestando a toda a vista a maravilhosa obra que Cristo Jesus opera naqueles cujo coração Ele tem tomado para Si. Em um mundo cujo chão é escorregadio, onde falta a firme base do conhecimento de Deus, a Igreja de Cristo permanece inabalável, possuidora de uma Eterna Verdade sobre Deus, o Universo criado por Ele e sobre os homens; especialmente sobre a Glória e a Majestade inenarráveis do Santo e Eterno Deus, em contraste com a miséria e desgraça que o pecado trouxe sobre a humanidade e sobre toda a Criação. Porém, como se derretem os montes ante a presença do Deus Vivo, o poder desta Verdade, de conflito em conflito e de glória em glória, fará ainda, mais uma vez, abalar ao mundo que a tem ignorado. 
A esta Verdade, e ao Reino do Filho de Deus, é que a Igreja Puritana Reformada, pelo Senhor mesmo, em Sua infinita Graça e Bondade, fora chamada. DEle, pela Sagrada Escritura, parte o mandato que pesa sobre esta Igreja, e sobre todas que portam o Seu maravilhoso Nome: o de ser o pilar e o estandarte da Verdade.

As afeições da Igreja Puritana Reformada são, assim, um dos frutos daquilo que o Espírito de Deus tem plantado nos corações daqueles que Ele tem chamado com o mesmo chamado que nós, para unirem-se conosco neste mesmo amor pela Verdade e no mesmo propósito de conhecer e servir ao Deus que é nossa Justiça e Salvação. É um chamado para Testemunhar de Cristo Jesus - loucura para os sábios e escândalo para os soberbos - para testemunhar do Deus Filho que, sendo Eterno e Santo, fez-se em semelhança da carne do pecado para, na carne, morrer em lugar dos muitos pecadores que Ele havia de salvar da condenação e atrair para Si. A Igreja Puritana Reformada, neste Testemunho de Cristo, é uma comunhão destes pecadores remidos.

E não só destes, mas uma união e comunhão na Verdade com a Igreja de Cristo manifesta na História, porquê o testemunho de Cristo que temos conosco nos foi legado por meio dos pastores e mestres que o Senhor Jesus comissionou ao Seu Povo, geração após geração, século após século. E quão grande responsabilidade pesa sobre todos que conosco foram chamados por Cristo neste mesmo propósito para entregar esta Verdade à presente e próxima gerações. E como se revira em nosso interior nossa alma por afeição à militância da Igreja, na História como Testemunhas e mártires em defesa da Verdade! Esta Igreja herda da continuidade histórica do Corpo de Cristo suas afeições e o dever do Testemunho da Verdade – há na Igreja Puritana um sensível espírito desta continuidade, uma palpável memória dos Pastores e Mestres que Cristo deu para Sua Universal Igreja no passado, desde os dias dos Apóstolos; uma continuidade da prática piedosa e da doutrina constantes da Verdade apostólica – que é a Verdade bíblica - para longe das tradições humanas e em direção à pureza e simplicidade da Palavra. Identificamos esta Verdade na doutrina e na prática do que foi chamado Grande Reforma Protestante no continente Europeu no século XVI, assim como na Segunda Reforma Protestante Escocesa e na Segunda Reforma Protestante Holandesa, ambas no século XVII. Estas Reformas, assim como outras nos séculos anteriores, legaram à Universal Igreja de Cristo um conjunto de credos e confissões: documentos que sistematizam e descrevem a Verdade da Escritura Sagrada. Estes credos e confissões são o produto da necessidade que a Igreja teve, e ainda tem, de confessar a afirmar publicamente a sua Fé; foram produzidas por pastores e mestres que devotaram suas vidas ao estudo da Bíblia e, iluminados pelo Santo Espírito de Deus, perscrutaram as mais remotas sendas da Palavra de Deus, trazendo para nós, de lá, tesouros do conhecimento de Deus. Contudo, estes documentos, ao mesmo tempo, não são obras de indivíduos isolados, de pensadores independentes – os credos e confissões foram apresentados a assembleias e sínodos da Igreja, sendo apresentados, discutidos e recebidos pelo Corpo. Sendo subordinados a Escritura e estando sob a autoridade dela, tais padrões, quando foram estipulados, traçaram com distinção e precisão os limites da ortodoxia – foram a Espada do Espírito nas mãos de hábeis combatentes para fazer calar os falsos profetas e perecer os falsos cristos. Estes credos e confissões, como súmulas da Sagrada Escritura, ajudam-nos a apreender a Verdade, defender a e compreendermos o que Deus requer do Seu Povo. Não é por mero conservadorismo que a Igreja Puritana Reformada recebe com fé credos e confissões como o Credo Apostólico, o Credo Niceno-Constantinoplano ou a Confissão de Westminster, mas porque, nas suas profundas afeições pela Verdade e no seu amor por Cristo, a Igreja Puritana vê nestes documentos a mais agradável e desejável expressão das doutrinas e práticas Cristãs reveladas por Deus, infalivelmente, nas Sagradas Escrituras do Antigo e do Novo Testamento.

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